Sunday, January 07, 2024

A LENDA DAS TRÊS ÁRVORES - reflexão sobre a prece

 
A LENDA DAS TRÊS ÁRVORES - reflexão sobre a prece 





Numa      reunião   de  Espíritos,  pediram    ao   velho  Simão    Abileno   que   falasse  sobre a resposta de Deus às nossas preces. 
Ele então, que era mestre na arte de contar histórias, repetiu uma antiga lenda, que faz parte dos contos populares de muitos países, e que diz assim . . . 

 
“Num  grande  bosque  da  Ásia  Menor,  três  árvores  ainda  jovens  pediram  a  Deus  que lhes desse destinos importantes e diferentes. 
A primeira queria que sua madeira fosse empregada no trono do mais alto soberano da Terra. 
Depois  de  ouvi-la, a  segunda   pediu    para   ser  usada   na   construção    do  carro que transportaria os tesouros desse poderoso rei. 
E a terceira desejou ser transformada numa torre, nos domínios do mesmo rei, para mostrar o caminho do Céu. 
Quando   terminaram   de   dizer   suas   preces,   Deus   enviou   à   mata   um   mensageiro   seu, para que elas soubessem que seus pedidos seriam atendidos. 
Passado muito tempo, quando elas já estavam crescidas, vieram alguns lenhadores e derrubaram as três árvores, deixando muito triste as árvores vizinhas. 
Elas foram arrastadas para fora do bosque. Perderam seus galhos, folhas e raízes, mas não perderam a fé nas promessas do Criador. 
E se deixaram conduzir, com paciência e humildade . . . 


Mas elas jamais podiam imaginar o que veio a acontecer, depois de muitas viagens! 


A primeira árvore caiu nas mãos de um criador de animais, que mandou transformá-la num grande cocho, para seus carneiros 


A segunda foi comprada por um construtor de barcos. 


A terceira foi recolhida à cela de uma prisão, para ser aproveitada futuramente. 


As três árvores, mesmo separadas e em grande sofrimento, continuaram acreditando nas palavras do mensageiro celeste. 
No bosque, porém, as outras plantas haviam perdido a fé no valor das preces. 
E elas ficaram surpresas em saber que, muitos anos mais tarde, as três árvores foram atendidas em seus desejos . . . 
A   primeira  que   queria   ser   transformada   no   trono   do   mais   alto   soberano   da   Terra, transformou-se num cocho, que mais tarde foi forrada com panos singelos e serviu de berço para Jesus recém-nascido. 
A segunda que queria ser transformada num carro que transportaria os tesouros desse rei, foi transformada num barco de pescadores, onde Jesus transmitiu sobre as águas, os mais belos ensinamentos. 
A terceira  árvore, que   queria   ser   transformada numa   torre   nos domínios do mesmo rei,   para  mostrar    o  caminho     do   céu,  foi  transformada     numa     cruz,  seguiu   junto   o Mestre para o Gólgota (calvário). 


E assim, indicava o verdadeiro caminho do Reino de Deus. 


Terminada a narrativa, Simão silenciou comovido. 
Depois de uma pausa, com lágrimas nos olhos, ele concluiu: 
- Em   verdade,   meus   amigos,   todos   nós   podemos   dirigir   a   Deus   as   preces   mais diversas,   em   qualquer   parte   e   em   qualquer   tempo.   No   entanto,   todos   precisamos cultivar paciência e humildade, para esperar e compreender as respostas de Deus. 


Adaptação de uma crônica do Irmão X, do livro “Cartas e Crônicas.” 
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“Por isso vos digo, todas as coisas que vós pedirdes orando, crede que as haveis de  ter, e que vos sucederão.” Jesus.  
Podemos   pedir   a   Deus benefícios   terrenos,   e   Ele   pode   nos   atender,   quando tenham uma finalidade útil e séria. Mas, como julgamos a utilidade das coisas segundo a nossa visão   imediatista,   materialista,   limitada   ao   presente,   geralmente   não   vemos   o   lado mau daquilo que desejamos. Deus, que vê melhor do que nós, e deseja o nosso bem, 
pode então nos recusar o que pedimos, como um pai recusa ao filho aquilo que pode prejudicá-lo. Se aquilo que pedimos não nos é concedido, não devemos nos abater por isso.   É   necessário   pensar,   pelo   contrário,   que   a   privação   nesse   caso   nos   é   imposta 
como   prova   ou   expiação,   e   que   a   nossa   recompensa   será   proporcional   à   resignação com que a suportamos. 
(O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. XXVIII, item 26


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